Posso afirmar que todos podem consumir a carne de frango, se o consumo depender da presença ou não de hormonio.
O fato é o seguinte:Na esteira de um sistema produtivo em que aves vivem cerca de 45 dias entre sair do ovo e ir ao abate, o mito do uso de hormônios de crescimento na avicultura ganhou força. Spams alertam sobre o risco de puberdade precoce em crianças. De leigos a médicos, não é raro encontrar quem cite o "frango cheio de hormônio" como um potencial perigo à saúde.
Os especialistas garantem que o medo do hormônio não passa de um mito. "É um grande mal-entendido. Não existe nenhuma possibilidade de haver uso de hormônio em frangos de corte. Os animais não respondem a essa substância, e ela não é viável economicamente", explica a professora Andréa Machado Leal Ribeiro, coordenadora do laboratório de nutrição animal do departamento de zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Gerson Scheuermann diz que, como qualquer outro animal, os frangos têm hormônios naturais. "Mas não são usados hormônios exógenos na criação", afirma o agrônomo, doutor em produção animal.
Melhoramento genético
Segundo os pesquisadores, o melhoramento genético feito durante décadas é um dos grandes responsáveis pelo maior ganho de peso em pouco tempo.
De acordo com matéria publicada na revista Terra Brasil de nº 3 e com a Assessoria de Imprensa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, quem também desmistifica a aplicação de hormônios exógenos em frangos é o veterinário Leandro Feijó, da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa). “O tempo de vida do animal até o abate inviabiliza qualquer tentativa de utilização de hormônios nesta espécie, assim como o tempo suficiente para a sua atuação no organismo”, defende.
Feijó coordena o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), que monitora, continuamente, a presença de medicamentos veterinários de uso proibido no País em carnes, incluindo hormônios. Ele explica que, nos últimos quatro anos, foram realizadas mais de 2,8 mil análises em frangos e atesta: “a partir dos resultados obtidos, a conclusão é de que não há indícios da utilização dessas substâncias nas carnes de aves consumidas pela população brasileira e exportada a mais de cem países”.
A carne de frango, devido a características como praticidade na compra e no preparo, tem uma grande representatividade no mercado mundial. No Brasil a produção de pintos de corte equivale cerca de 12% da produção mundial e coloca o país como o principal produtor do mundo no setor. Por esta razão, Sulivan afirma que a indústria brasileira não poderia correr o risco de “ter seu produto condenado”.
Mais um motivo de dúvidas entre os consumidores é a utilização de antibióticos que, normalmente incorporados às rações dos animais, poderiam com o tempo provocar a resistência no corpo humano a determinados medicamentos. Mas, estas afirmações também seriam exageradas pois, embora a utilização de antibióticos para melhora de desempenho ou com objetivo terapêutico sejam permitidos, existem regras rígidas a serem seguidas pelo o setor. Além da forte fiscalização realizada pelo MAPA.
Bom apetite para todos e sem medo!!!!
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